Helllight, nome conhecido por muitos, lendas do fiuneraldefdum aqui no país do futebol, cachaça e mulher gostosa, musiquinha pra nanar, pesadíssima e cavernosa, a mais essencial pra quem se interessar pelo tema que esse post aborda.
...Do fundo ...Abismo - um nome razoável para uma banda sensacional. Melancólica, agonizante e depressiva - como o DSBM mas pra hétero que não se corta - pesado e cru, como as lendas do Disembowelment, Asphyx, certas características do Bolt Thrower e um funeral doom style.
Alone Stale-He Claims (não to conseguindo por o player aqui, mas esse som vale muito o clique)
Death/doom sensacional na mais perfeita perfeição perfeita, pesado e foda, oriundo daqui do sul do nosso Brazilzão exportador de thrash metal lixo como o Violator, som pra dar aquela animada na segunda de manhã e ir pro trabalho com vontade de dar um tiro no olho esquerdo.
Agony Voices - The Sin Forest of Tears
Também do sul do exportador de 'trash' metal, mais especificamente daqui de Satan Catarina, o conhecido Agony Voices prática um clássico doom metal com características do death como o vocal GRRRRROOWLLLLL e riffs - com afinações lá nos caralho -dissonantes e magníficos.
Jupiterian - Archaic
Os mais fodas sempre pro final. O Jupiterian, quarteto de São Paulo formado pelo sensacional V., vulgo Thiago Vakka (do Intervalo Banger) na guitarra e vocal, R. (Rafael Berti) nas quatro pesadíssimas cordas, G. (não encontrei o nome do maluco) no tuts tats e A. (Ale) na guitarra, praticam o mais puro doom/death metal influenciados pela primeira onda do metal da morte arrastado de bandas como o grande My Dying Bride, Anathema, Disembowelment, pelas escolas finlandesas do funeral doom, como o próprio Vakka diz, e possui muito do timbre do sludge.
Arte sensacional da EP Archaic.
Vá até a cozinha, pegue aquele suquinho da Ades quase estragado, deite-se em algum lugar escuro, e ouça esse som foda como alguma coisa, saca?
O cara mau da esquerda.
Em 1985, nascia em Belo Horizonte, a cena metal mais influente do Brasil. Com a criação da Cogumelo Records, em 1986, foi lançado o split Warfare Noise I, com o Chakal, Mutilator, Sarcófago e Holocausto. Das quatro, a que mais se destacasse gravaria o primeiro álbum, e essa banda foi o Sarcófago, que lançou em 1987 o disco I.N.R.I, influente pra caralho no nascimento do black metal na Escandinávia e ao metal extremo em geral. Breve enciclopédia metalística, vamos ao que interessa.
A primeira entrevista para o blog, e como comemoração pelos dez mil 'likes' na minha página (Sarcófago Brasil) será com o fabuloso guitarrista - do que pra mim e pra muita gente é o melhor álbum de metal nacional - Fábio Jhasko. Enjoy mah friends.
Jhasko e a Ibanez mais famosa do metal mineiro.
Eae Jhasko, beleza? Como você conheceu os caras da banda?
Saudações à todos, metal maniacs!
Na verdade, soube que os caras anunciaram em uma rádio aqui em SP procurando um guitarrista, então enviei uma fita demo do Skullkrusher e eles acabaram me chamando.
Como foi compor as leis do flagelo?
Foi uma parada difícil, mas o resultado final creio que valeu a pena.
Hoje em dia tudo é mais fácil, muitas bandas que estão surgindo na cena nem podem imaginar o que era trabalhar com o underground naquela época!
Você curtia o som do Sarcófago no I.N.R.I e Rotting?
E no Warfare Noise hehe.
O que fez você sair da banda? e o que você fez depois de sair da mesma?
Bom, o fato de morar em outro estado já complicava as coisas, era muita ralação e as apresentações estavam escassas pois
o Sepultura havia monopolizado a cena e eu precisava pôr os carnês em dia rss.
Após esse período toquei em algumas bandas
daqui, depois resolvi aprender violino e comecei até mesmo a tocar em orquestra mas o Metal me chamou de volta!
Sobre seus projetos atuais, como foi participar do debut do Bode Preto? você é um membro oficial?
Minha participação no Bode Preto foi totalmente via web, se rolasse isso na época do Sarcófago certamente teríamos um maior rendimento...
Sobre ser um membro oficial na verdade nunca conversamos muito à respeito, mas creio que sim!
Você tá na ativa com alguma banda? pretende lançar algum disco?
Atualmente retomamos as atividades da Klamor, banda a qual eu tocava nos anos 80 e estamos finalizando o material para o debut,
também faço parte do Pentacrostic que no momento divulga o álbum “Emanation from the Grave”.
Como é sua relação com os caras do Sarcófago? você manteve contato com algum membro da banda ou tem de algum deles atualmente?
Em 2007 nos reunimos o Gerald, o M. Joker, e eu, juntamente com os caras do Scourge e Krow, e fizemos o Sarcófago Tribute,
com algumas poucas apresentações, foi mais um lance de rever a galera mesmo e relembrar os velhos tempos hehe, encontrei o Lucio Olliver em rede social após 20 anos. O único que não tive mais contato mesmo é o Wagner.
No inicio do ano passado, um amigo apareceu no Facebook com uma foto, e eu achei aquilo sensacional, por serem duas das bandas que eu mais curto,
o Sarcófago e o Morbid Angel. Vocês abriram pros caras somente em BH ou em alguma outra cidade? rolou muita bebedeira e histórias engraçadas?
(sinta-se livre pra contar tudo)
Sim, somente em BH. Os caras foram muito bacanas, trocaram idéia conosco e assistiram nosso soundcheck, após a apresentação saímos pra biritar e apresentei aos
caras uma “brazilian drink”, ou seja, cachaça rss, o Brunelle tomou um gole e fez uma cara que não se pode descrever e o manager dos caras matou o copo,
soltou um gutural e na mesma hora matou o chopp dele num gole só em tempo record rss.
Tem alguma composição da época do The Laws que não saiu de versão demo? Vocês cogitavam lançar mais um álbum naquele tempo?
Não, nenhuma com exceção de um ou outro riff que os caras tocaram nos trabalhos posteriores.
Na verdade não tínhamos mais intenção de compor pois eu já havia dito aos caras que deixaria a banda.
O quê você acha da cena aqui no Brasil atualmente? e lá fora? tem alguma coisa que você acha realmente boa?
O grande problema na cena, não somente no Brasil, mas em todo o mundo, são os milhões de subgêneros e rótulos que estão sendo criados,
quase toda banda que surge cria um tipo novo de metal isso, metal aquilo... claro que são necessários, mas unicamente a fim de referência sonora ou temática,
dar importância demasiada aos rótulos é o grande mal que gera a famigerada desunião... impossível imaginar alguém que ouça somente Black Metal ou somente Grindcore,
ou são iniciantes que logo partem para outra “onda”, ou caras realmente presos e bitolados em ideologias, até gostam de outros estilos mas os repudiam...
Valeu pelo tempo, Jhasko, e por ser o primeiro entrevistado do blog. É noize.
Agradeço a você, Afonso Enrique, pelo espaço, gostaria de finalizar dizendo que o Metal é feito nos estúdios e nos palcos,
claro que a web foi revolucionária, viabilizou e abriu muitas portas, mas infelizmente também centuplicaram os formadores de opinião
e os ditadores virtuais de regras do tipo “se você ouve um estilo não pode ouvir o outro” ou “cristãos não devem ouvir Metal,
bandas de Black não devem tocar com bandas White” e coisas do gênero.
Particularmente não vejo problema algum nisso,
estando ao lado de um cristão me sinto mais satânico...
Gorguts, 2013.
Nesse ano, o Psycroptic, que nos primeiros álbuns é minha banda favorita de rock pesado difícil de ser tocado, vai lançar um novo disco, vai ser como o anterior, com um vocal rasgado, e chato pra caralho, lembrando metalcore sem melodia. Mais decepcionante que Os Anjo Mórbido - ou não. Enfim, vou reunir nesse post algumas bandas magníficas que são melhores que o Necrophagist. Enjoy modafocars.
Psycroptic - The Scepter of Jaar-Gillon
Do segundo álbum, e com certeza o/a melhor. Música pesada, com uns vocais de peido totalmente random e com uma mensagem filosófica a ser passada. Melódico como aquele maravilhoso porngrind que sua mãe curte. (Metal Archives)
Nocturnus - Orbital Decay
Depois do Trey Azagthoth comer sua namorada, Mike Browning saiu do Morbid Angel e formou o Nocturnus, e daí? Infelizmente só dão atenção pro The Key (com razão k), mas o Ethereal Tomb, sem Mike Browning, é um excelente disco de morte metal progressivo, com umas batucada na bateria que eu não entendo nada, deve ser porque sou leigo e sem coordenação motora. Recomendo pakas. (Metal Archives)
Lifeless - Fightned To Deceive
Aquele som que tem que ser ouvido várias vezes pra conseguir gostar, e compreender, após isso se torna uma banda sensacional. Sem o reconhecimento merecido, o Lifeless lançou três álbuns entre 1996 e 1999, e logo após acabou. Recomendo caçarem algo nas interwebs pois só achei essa no YouTube, infelizmente. (Metal Archives)
Devylin - The List
Conheci esse som dando uma olhada nos morte metal da Polônia, coisa parecida com Vader e tal. Técnico e brutal, pra quem curte bangear até ter uma insuportável dor no pescoço e sangue nozói. (Metal Archives)
Gojira - Death of Me
Conhecidos pela matéria mais pesada do universo, e pelo groove/progressive death metal (que eu amo muito), o Gojira, não recebe a atenção merecida para com os primeiros dois álbuns, que são essenciais pra qualquer fã de metal. São famosos, ok, mas quem não ama a banda não conhece esses sons. Letras filosóficas, e sobre salvar a vida marinha (???), são experimentais e geniais, um som surreal de tão bom, recomendo pra caralho tudo que essa banda já lançou. Gosto tanto que nem consigo escrever sobre, desculpem a péssima descrição da música dos caras.
Muita música rápida e satânica para vocês, pessoas sem futuro.
Sempre curti muito coisa pesada e lenta, como o doom, stoner, sludge e afins, e meu gênero favorito é, de longe, o death metal. Misturando essas duas receitas magníficas, o resultado não poderia ser outro, um som arrastado com afinações baixas, vocais guturais bastante graves, e letras sobre problemas mentais, pessoais, depressão, e os clichês do death metal como a morte e (hail) Satã.
Nesse post, vou reunir o que eu mais curto atualmente dentro do subgênero. Enjoy:
Uncoffined - Ritual Death and Funeral Rites
Oriundo de Durham City, Inglaterra, o quarteto Kat Shevil (Vocal/bateria), Glynn Alkohall (Guitarra), Garry Sugden (Baixo) e Jonny Sugden (Guitarra) (aparentemente irmãos), fazem um doom lento, com poucos dos característicos riffs rápidos do death metal, vocal gutural (excelente, não como um Arch Enemy da vida) e letras explícitas, como sempre, sobre morte, horror e ocultismo. Recomendadíssimo pra que curte doom e death metal.
Coffinworm - High on The Reek of Your Burning Remains
Bastante doom, mas nem tão death, os norte americanos do Coffinworm, fazem um sludge/blackened doom pesadíssimo, dissonante, e impressionantemente foda, tanto que apareceram em várias listas de sites especializados como um dos melhores lançamentos de 2014, o segundo álbum, IV.I.VIII. A influência clara do black metal, e os riffs em afinações baixas do sludge, fazem do som uma quase inovação. Não foram os pioneiros, mas são com certeza os mais incríveis.
Church of Disgust - Unwordly Summoning
O bom e velho metal da morte, lento e arrastado, sendo bem representado no século 21. O Church of Disgust, também dos Estados Unidos, faz um death metal old school, com passagens lentas e vocais bastante reverberados, característica do doom metal. Debut lançado em 2014, soando como os primeiros passos do death doom nos anos 90.
Asphyx - Pages in Blood
O famoso Asphyx, lendas do metal da morte holandês, um dos precursores do doom death, fizeram do seu debut um clássico essencial pra todo fã de death e doom metal. Intro's com power chords acompanhados de escalas melódicas, criavam uma atmosfera lenta para o death metal rápido que estava por vir, e nada melhor do que fechar o primeiro post com esses caras.
Espero que curtam esse post e tudo mais que eu escrever. Dá um certo trabalho, mas nada que seja chato e tedioso como o seu emprego rotineiro e insuportável.
Muita música rápida (ou lenta) e satânica para vocês, pessoas sem futuro
Inspirado pelo sensacional blog que foi o Intervalo Banger (espero muito que volte), eu decidi começar esse blog por ter vontade de escrever - ainda mais sobre a paixão de todo balançador de cabeça, a música pesada - pra passar os meus conhecimentos sobre a tal (kkjkj), e agregar mais a mim mesmo. Espero que gostem do que vão ler, ver e ouvir aqui. Enjoy.